Sobre as Paralimpíadas

O discurso a favor da inclusão parece ficar apenas na teoria quando a maior emissora do país decide transmitir apenas um compacto da cerimônia de abertura das Paralimpíadas. Cansamos de ouvir falar de sua ultra-mega-hiper-blaster cobertura das Olimpíadas do Rio… A cerimônia de ontem não era importante o suficiente para ser transmitida ao vivo? Ah, o futebol com certeza deve dar mais audiência…

Enquanto isso, nossas calçadas continuam com acessibilidade zero (e não só para quem usa cadeira de rodas), faltam rampas e elevadores… Parece um detalhe, mas essa opção da Globo, pelo motivo que for, mostra que ainda estamos muito longe de viver numa sociedade realmente inclusiva.

Aliás, porque “Paralimpíadas” e não “Paraolimpíadas”? Palavrinha difícil de falar! Aqui explica.

Atualização em 09/09/2016: Coluna do Professor Pasquale, com uma opinião diferente do uso correto da palavra: ‘Paraolimpíada’ ou ‘paralimpíada’?

Duas comédias sobre Agentes Secretos: “Spy” e “A Very Secret Service”, do Netflix

Na mesma semana assisti o filme americano “Spy”, de 2015, e a nova série francesa do Netflix “A Very Secret Service“. As duas são paródias sobre agentes secretos e têm títulos em português dignos de Sessão da Tarde (“A Espiã Que Sabia de Menos” e “Um Agente Très Secreto”, respectivamente). Porém, as semelhanças acabam por aí.

Spy” é uma comédia hollywoodiana, que faz paródia dos filmes de 007 (inclusive na trilha sonora), repleta de cenas de ação e que glorifica a profissão de agente secreto. Melissa McCarthy está bem no papel da gordinha nerd que ninguém dá bola e depois mostra que é mais competente que todos os outros (isso é tão comum nos filmes americanos que não pode ser chamado de spoiler, não é mesmo?). Também achei o Jude Law um 007 perfeito. É um bom entretenimento e tem cenas engraçadas, mas atualmente quase todos esses filmes de comédia acabam me lembrando, um momento ou outro, de “Se Beber não Case”.

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(via)
A Very Secret Service” (“Au Service de la France”) é uma série de 12 episódios licenciada pelo Netflix, passada no Serviço Secreto Francês na década de 60. O humor é inteligente, com menos ação e o foco está nas situações absurdas e nos podres que acontecem no dia-a-dia da administração dessa repartição pública. Apresenta uma visão bem interessante da França da Guerra Fria, além de ser um pouco diferente do que estamos acostumados a assistir. Os atores são ótimos (o principal é o Príncipe Louis de “Gossip Girl”) e a cada episódio fica melhor. Não foi muito divulgada aqui no Brasil, mas vale muito a pena. Vou ficar torcendo para que tenha uma segunda temporada.

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“Tamponné, Double Tamponné”

Mapa de árvores frutíferas de São Paulo

Mapa de árvores frutíferas de São Paulo

Estava vendo uma matéria sobre as frutas da cidade de São Paulo no Bom Dia SP de ontem. O(A) apresentador(a) disse que havia um mapa colaborativo com a localização delas no município, mas não consegui pegar o endereço (nem sei se chegaram a falar… a Globo costuma ser meio econômica nas referências). Encontrei no Google o Inventário de Árvores e me surpreendi com a quantidade e a variedade de árvores frutíferas que temos e nem percebemos na correria do dia-a-dia…

Perto de casa tem um abacateiro (tem que tomar cuidado com a cabeça!) e uma goiabeira. E as frutas são bem disputadas… Todo mundo quer levar para casa. Gosto da cidade grande, mas é bom sentir como se morasse no interior de vez em quando.

Oi, Plutão!

Olhaí o meu planeta favorito — porque a Lua é um satélite e Plutão sempre será um planeta no meu <3 — finalmente em cores e alta resolução!

imagem foi divulgada no Instagram antes do site da NASA. O que é exclusivo já vai direto para as redes sociais. Isso porque o site da agência espacial é um dos mais antigos que existem… Foi o primeiro que visitei, antes mesmo de ter Internet, num CD da Revista do CD-ROM.

Thank You, Mr. Iwata

”On my business card, I am a corporate president. In my mind, I am a game developer. But in my heart, I am a gamer.” Iwata, GDC 2005

A Nintendo sempre fez parte da minha vida, mas nunca pensei que a notícia da morte do Satoru Iwata, presidente da empresa, me impactaria tanto. Não foi só a importante contribuição para a indústria dos games; o jeito único que a Nintendo tem de se relacionar com o seus consumidores e fãs (Nintendo Direct, Iwata Asks, participações na E3) faz a gente se sentir mais próximo de Satoru Iwata, Shigeru Miyamoto, Reggie Fils-Aimé, Bill Trinen… Mesmo sem conhecê-los, eles se tornam mais do que programadores, diretores e presidentes.

Iwata Direct to you

Sempre sorria quando Iwata trazia as novidades “diretamente” para a gente com aquele inglês legal só dele… Dava para ver que realmente gostava do que fazia. E além de tudo que ele conquistou profissionalmente, é também por isso que o Iwata vai fazer falta. Como vai ser acordar pela manhã, para assistir o tão esperado Nintendo Direct, sabendo que a gente não vai vê-lo trazendo as novidades “direto” para a gente ou dizendo “please understand”? :(

As inúmeras homenagens dos fãs na Internet desde a noite de ontem mostram o quanto ele é querido. Algumas são bem comoventes… E expressam muito melhor o nosso agradecimento ao Iwata do que eu tentando dizê-lo em palavras.

ありがとうございます、岩田聡さん。

Atualização 14/07/2015:

E um artigo que vale a leitura: Why it’s okay to experience grief over the passing of someone you’ve never met

Dois links para esta manhã

Proprietary services vs open protocols. Essa parte da Internet fechada que temos hoje, como o Facebook, Whatsapp e outros mais, me dói o coração. Que ele esteja certo e esta seja apenas uma fase.

 

In fact, one of the biggest contributors to e-reader sales decline is likely the same as that of tablets: You rarely need to replace them. A Paperwhite from two years ago is much the same as a Paperwhite today. […] That’s the real reason Kobo matters. Without any rivalry at all, the pace of e-reader innovation would be even slower than it already is.

You Should Take Kindle’s Last Rival Seriously. Prefiro o Kindle (acho ele mais estável e prefiro o acervo da Amazon), mas o Kobo também pode ser uma boa opção. Num mercado que dizem estar em queda (o que é uma pena, porque um leitor dedicado faz toda a diferença), a existência dessa concorrência é fundamental.

 

A moda da vez são os aplicativos móveis de livestreaming

De acordo com um dos fundadores do Periscope, Kavyon Beykpour, o mundo está mais preparado pra esse tipo de serviço do que há alguns anos, já que as pessoas já estão muito mais acostumadas com a ideia de mostrar suas vidas para o mundo em redes sociais diariamente.

 

O Twitter já representava o mundo em tempo real, só que em formato de texto e fotos. A live era o que faltava pra completar o serviço do maior Big Brother que existe no mundo. O livestreaming eleva a Cultura do Selfie à um novo patamar. E quem pode dizer que a sociedade não está imensamente inserida nessa cultura?

 

Além disso, a própria tecnologia está mais preparada pra esse tipo de coisa: a onipresença de smartphones, redes sociais e de planos de dados cada vez melhores e mais baratos faz com que uma parcela grande do mundo esteja andando por aí com excelentes câmeras e uma enorme capacidade de transmitir suas vidas com os outros.

Meerkat, Periscope… Entenda por que o mercado está enlouquecido com apps de livestreaming

Isso me lembrou aquela onda das webcams, quando muita gente começou a transmitir a vida 24 horas por dia. Só que naquela época a conexão era ruim, a imagem também e a câmera ficava sempre no mesmo cômodo (e ver a pessoa dormindo enjoava logo).

Vamos ver os usos que as pessoas farão desses aplicativos nos próximos meses (parece que agora estamos na fase da comida, que nem aconteceu com o Twitter, o Instagram…).

Depois de duas cirurgias e menos quatro dentes (e, junto com eles, todo o meu juízo), vou retomar aos poucos a rotina por aqui. Nos próximos posts, compartilharei alguns artigos interessantes que estou lendo ultimamente na minha tentativa de colocar a leitura em dia.

Resultados da Pesquisa Game Brasil 2015, divulgados na Campus Party

Foco de preconceito e julgamento por parte do público gamer, as mulheres seguem se posicionando como fortes consumidoras de jogos no Brasil. Na pesquisa anterior, o público feminino representava 41% dos gamers no país. Hoje, de acordo com a segunda fase da pesquisa, essa fatia cresceu para 47,1%, permeando todas as plataformas. A faixa etária mais representativa é de 25 a 34 anos (41,1%).

 

Entre homens e mulheres, menos de 10% se considera “gamer de verdade”. A baixa autoestima diz respeito ao jogo casual, sem compromisso. “Apesar de toda a popularidade da categoria games em ambos sexos e idade, apenas 9,3% se consideram ‘gamers de verdade’ uma vez que a grande maioria joga como uma forma de entretenimento casual”, reforça Guilherme Camargo, da Sioux.

CPBR8: censo de games revela que 82% dos brasileiros jogam no celular

Angra ft. Tarja Turunen – Stand Away [Música da Semana]

Angra é uma das minhas bandas favoritas (Top 3), mas fazia um tempo que não ligava muito para as novidades deles. Nos últimos anos quase só tenho vontade de ouvir o que já ouvia antes… É engraçado, porque antes era tão antenada e ligada em Disk MTV, Billboard, Top 40… Acho que estou ficando velha xD

Enfim, voltando ao Angra: quando anunciaram que o novo vocalista seria o Fabio Lione, não pensei que fosse uma boa escolha. Mesmo gostando de Rhapsody, achava que a voz dele não combinava muito e, sem perceber, acho que também olhava torto para o fato de ele ser estrangeiro numa banda brasileira (o que é a maior bobagem e não é algo que costumo pensar, vai entender!).

Agora em janeiro saiu o novo álbum Secret Garden, fui ouvir e gostei mais do que pensava. Ainda preciso ouvir mais vezes para chegar a um veredito final, mas achei a voz dele bem parecida com a do Edu Falaschi. Também gostei da pegada das músicas e de ouvir Angra com vozes femininas, principalmente na faixa com a Simone Simons.

Depois disso, corri atrás do Angels Cry 20th Anniversary Tour e adorei esta versão de Stand Away com a Tarja Turunen. Adoro a música… e ficou tão perfeita!

Depois preciso assistir o resto do DVD. Quem sabe ainda vou vê-lo tanto como vi o Rebirth World Tour: Live in São Paulo.

Para carregar seu smartphone com segurança fora de casa, desligue-o

Celular sem bateria no meio do dia: quem nunca?

É uma boa ideia deixar um carregador ou cabo usb extra na gaveta para carregá-lo no trabalho… mas e em lugares públicos? Está cada vez mais comum encontrar cabos e tomadas para carregar dispositivos em shoppings centers, por exemplo.

Cabos de todos os tipos na frente da Zara, no Shopping Eldorado
Cabos de todos os tipos na frente da Zara, no Shopping Eldorado

Mas isso não é totalmente seguro: carregadores de celular ou cabos usb podem transmitir vírus e roubar dados. Dentre as principais dicas para evitar esta ameaça, a principal é desligar o aparelho.

Essa é a dica de ouro, como apontou o especialista em segurança da informação. “Com o celular desligado, você protege todas as informações que estão armazenadas no dispositivo e consegue carregar a bateria de uma maneira muito mais segura.”

Quando se fala em tecnologia é um risco atrás do outro… Nunca tinha pensado nisso.

Taking the Hobbits to Isengard [Música da Semana]

Desta vez escolhi um meme nostálgico das Internets, do qual nunca enjoo e estou sempre falando ou retweetando no Twitter.

Finalmente terminei de ler A Sociedade do Anel (depois de meses!) e comecei o Duas Torres (esse vai terminar em uma semana, acho xD)… Não há hora mais apropriada para voltar a ouvir esta música.

Alguns minutos é muito pouco, não é? Aqui está a versão de 10 horas seguidas (quem inventou esses vídeos de versões estendidas no YouTube é um gênio).

E sempre é legal ver o Orlando Bloom interpretando esse clááássico ao vivo.

Dois artigos: venda de músicas em queda e pirataria no Oscar

The recorded music industry is being eaten, not by one simple digital revolution, but rather by revolutions inside of revolutions, mouths inside of mouths, Alien-style. Digitization and illegal downloads kicked it all off. MP3 players and iTunes liquified the album. That was enough to send recorded music’s profits cascading. But today the disruption is being disrupted: Digital track sales are falling at nearly the same rate as CD sales, as music fans are turning to streaming—on iTunes, SoundCloud, Spotify, Pandora, iHeartRadio, and music blogs.

The Death of Music Sales (If CDs are “dead,” so is iTunes)

The insatiable appetite for HD video led pirate groups to find new pipelines for sharing films before they even reach voters’ mailboxes, and in much better quality. These new sources for HD leaks, lurking anywhere from mastering studios to the mailroom, may be much harder for the MPAA to find than leaks from their own members.

Pirating the 2015 Oscars: HD EditionPirates are now watching films at higher quality than the industry insiders voting on them. (via)

Momoiro Clover Z – Mouretsu Uchuu… [Música da Semana]

Momoiro Clover Z (ou ももいろクローバーZ ou MCZ ou Momoclo, como costuma ser chamado pelos fãs) é um grupo de J-Pop de garotas que tem uma imagem e um som exóticos para o estilo e que, pelo menos para mim, lembra demais tokusatsu. Se gosta de anime, talvez já tenha ouvido pelo menos uma música delas: a abertura de Sailor Moon Crystal.

Nesta semana saiu o antes impensável novo clipe do MCZ com a colaboração do Kiss (sim, a banda de rock Kiss), mas para postar aqui no blog escolhi Mouretsu Uchuu Koukyoukyoku. Dai Nana Gakushou “Mugen no Ai””/猛烈宇宙交響曲・第七楽章「無限の愛」(que nome longo! Ufa!), que é a música que mais gosto delas. Gruda que nem chiclete! Li em algum lugar que ela seria o “Bohemian Rhapsody do J-Pop”, e é bem por aí mesmo. E nas guitarras está nada mais, nada menos do que Marty Friedman, ex-Megadeth.

Não costumo ouvir muito J-Pop e nem conheço muito desses grupos, então um post desses depois do último do Babymetal é apenas coincidência… ou será que o Kouhaku está, aos poucos, fazendo uma lavagem cerebral em mim? :P

“Kids today have missed the whole experience of putting the headphones on, turning it up to 10, holding the jacket, closing their eyes and getting lost in an album; and the beauty of taking your allowance money and making a decision based on the jacket, not knowing what the record sounded like, and looking at a couple of still pictures and imagining it. God, it was a magical, magical time. I hate to sound like an old man now, but I am, and you mark my words, in a generation from now people are going to say: ‘What happened?’. Steve Jobs is personally responsible for killing the music business.”

Bon Jovi Says Steve Jobs Is “Personally Responsible For Killing Music”

Um, dois ou três litros de água por dia: você sabe quanto precisa beber?

A gente sempre ouve os especialistas dizerem que devemos beber pelo menos dois litros de água por dia. Não sei o que vocês acham disso, mas sempre pensei que é muito para mim. E a gente ainda ingere líquidos de outras fontes (como frutas, por exemplo). Será que precisa ser tanto? Será que a idade, sexo ou peso da pessoa não faz diferença?

Encontrei um artigo em que uma nutricionista ensina um cálculo para saber quanto é necessário beber por dia: multiplicar cada quilo por 35 ml.

Nunca tinha visto isso. E, pelo menos no meu caso, parece fazer mais sentido. Tem algum médico aí que pode esclarecer esta dúvida cruel? ;)